João Soromenho

Mercado está em crescimento e vai mover-se a eletricidade

NOTÍCIAS ARVAL 27 Sep 2021

Entrevista a João Soromenho, Diretor Comercial da Arval, na edição Especial Gestão de Frotas do Jornal Económico:
 

  1. Como estão as empresas a reagir às alterações a nível de mobilidade? A progressão para a mobilidade elétrica está a ser acompanhado por todos?
     

A mobilidade nas empresas está efetivamente a mudar e com muita atividade. Um dos indicadores é certamente o facto de assistimos a uma enorme evolução na motivação das empresas para a transição energética nas frotas automóveis - os dados do Arval Mobility Observatory mostram-nos que cerca de 8 em cada 10 empresas portuguesas estimam que estarão a utilizar viaturas com novas tecnologias nos próximos 3 anos. Sentimos esta energia no dia-a-dia! Outro indicador, é com certeza o número crescente de empresas que está a definir objetivos de neutralidade carbónica, com preocupações concretas sobre a mobilidade dos seus serviços e pessoas. Um desafio que carece de ajuda de oferta de infraestruturas de carregamento e que passará numa primeira fase pelo uso combinado de algumas formas de modalidade, mas que evoluirá para uma integração mais ampla do conceito de Mobility as a Service. Outra reação clara das empresas, é naturalmente a tendência de maior abertura para soluções de mobilidade alternativa, onde emergem também em Portugal novas soluções como seja o uso de e-bikes, o aluguer de média duração, o orçamento de mobilidade e a partilha de viaturas dentro da mesma empresa, uma tendência para se pensar no desafio da mobilidade como uma necessidade de todos os colaboradores.

 

  1. Quais as expetativas de crescimento na gestão de frotas para 2022, a par dos desafios e dos constrangimentos?
     

A falta de semicondutores e o consequente fecho de produção aliado ao facto dos enormes constrangimentos na logística e oferta de viaturas novas, vem seguramente criar um enorme problema na industria automóvel (sem falar noutros sectores igualmente afetados) e claro, na capacidade das gestoras de frota em responderem às necessidades dos seus clientes . Sem termos ainda uma expectativa de retoma, a escassez de semicondutores não tem precedentes e está a impactar muitas indústrias diferentes em todo o mundo, além do setor automóvel em que para já não se verifica qualquer sinal de sinal de recuperação.

Depois de termos enfrentado o desafio da crise pandémica e tendo-se contudo verificado um crescimento da nossa atividade, mesmo perante tantas adversidades o nosso objetivo é de continuar a crescer e garantir aos nossos clientes e parceiros todo o nosso apoio continuando a disponibilizar todo o tipo de soluções que os ajudem no seu dia-a-dia e na gestão da sua frota automóvel.

  

  1. Como evoluiu o negócio em 2019, 2020 e 1º semestre de 2021?
     

A Arval Portugal ao longo destes anos tem continuado a crescer a um ritmo acima do mercado, ao mesmo tempo que pretende continuar a sua transformação para se adaptar aos novos desafios, nomeadamente à necessidade de acompanhar e apoiar os seus clientes numa transição gradual para o uso de energias alternativas.

Na Arval temos objetivos claros e bem definidos até 2025 . Um dos nossos grandes compromissos é a diminuição em 30% das emissões de CO2 na frota que gerimos . Na nossa própria frota interna, o objetivo é ser neutro em emissões carbónicas.

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