Entrevista a João Soromenho, Diretor Comercial da Arval, na edição Especial Gestão de Frotas do Jornal Económico:
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Como estão as empresas a reagir às alterações a nível de mobilidade? A progressão para a mobilidade elétrica está a ser acompanhado por todos?
A mobilidade nas empresas está efetivamente a mudar e com muita atividade. Um dos indicadores é certamente o facto de assistimos a uma enorme evolução na motivação das empresas para a transição energética nas frotas automóveis - os dados do Arval Mobility Observatory mostram-nos que cerca de 8 em cada 10 empresas portuguesas estimam que estarão a utilizar viaturas com novas tecnologias nos próximos 3 anos. Sentimos esta energia no dia-a-dia! Outro indicador, é com certeza o número crescente de empresas que está a definir objetivos de neutralidade carbónica, com preocupações concretas sobre a mobilidade dos seus serviços e pessoas. Um desafio que carece de ajuda de oferta de infraestruturas de carregamento e que passará numa primeira fase pelo uso combinado de algumas formas de modalidade, mas que evoluirá para uma integração mais ampla do conceito de Mobility as a Service. Outra reação clara das empresas, é naturalmente a tendência de maior abertura para soluções de mobilidade alternativa, onde emergem também em Portugal novas soluções como seja o uso de e-bikes, o aluguer de média duração, o orçamento de mobilidade e a partilha de viaturas dentro da mesma empresa, uma tendência para se pensar no desafio da mobilidade como uma necessidade de todos os colaboradores.
- Quais as expetativas de crescimento na gestão de frotas para 2022, a par dos desafios e dos constrangimentos?
A falta de semicondutores e o consequente fecho de produção aliado ao facto dos enormes constrangimentos na logística e oferta de viaturas novas, vem seguramente criar um enorme problema na industria automóvel (sem falar noutros sectores igualmente afetados) e claro, na capacidade das gestoras de frota em responderem às necessidades dos seus clientes . Sem termos ainda uma expectativa de retoma, a escassez de semicondutores não tem precedentes e está a impactar muitas indústrias diferentes em todo o mundo, além do setor automóvel em que para já não se verifica qualquer sinal de sinal de recuperação.
Depois de termos enfrentado o desafio da crise pandémica e tendo-se contudo verificado um crescimento da nossa atividade, mesmo perante tantas adversidades o nosso objetivo é de continuar a crescer e garantir aos nossos clientes e parceiros todo o nosso apoio continuando a disponibilizar todo o tipo de soluções que os ajudem no seu dia-a-dia e na gestão da sua frota automóvel.
- Como evoluiu o negócio em 2019, 2020 e 1º semestre de 2021?
A Arval Portugal ao longo destes anos tem continuado a crescer a um ritmo acima do mercado, ao mesmo tempo que pretende continuar a sua transformação para se adaptar aos novos desafios, nomeadamente à necessidade de acompanhar e apoiar os seus clientes numa transição gradual para o uso de energias alternativas.
Na Arval temos objetivos claros e bem definidos até 2025 . Um dos nossos grandes compromissos é a diminuição em 30% das emissões de CO2 na frota que gerimos . Na nossa própria frota interna, o objetivo é ser neutro em emissões carbónicas.