Roberto Fonseca - diretor-geral da Arval Portugal

A principal preocupação mundial é proteger o ambiente

NOTÍCIAS ARVAL 14 Dec 2021

“Há muito mais abertura da parte das empresas para comprar elétricos ou híbridos”

 

Na terceira e última conferência do projeto Carta Elétrica, uma iniciava que junta o Expresso e a EDP, debateu-se a relevância das empresas no processo de transição energética e de eletrificação

Os entraves e os desafios da reconversão das frotas das empresas e dos transportes públicos foi o tema mais discutido neste debate, organizado no âmbito do projeto Carta Elétrica. No encontro estiveram presentes Gonçalo Castelo Branco, diretor de Mobilidade Inteligente da EDP Comercial; Luís Cabaço Martins, administrador do grupo Barraqueiro; Nuno Silva, gestor das vendas para frotas da Volvo Car Portugal; e Roberto Fonseca, diretor-geral da Arval Portugal.

 


"A principal preocupação mundial é proteger o ambiente", sublinha Roberto Fonseca

Veja aqui o diretor-geral da Arval Portugal em declarações após o último debate do projeto Carta Elétrica, uma parceria do Expresso com a EDP.


 

Estas foram as principais conclusões do debate:

  • As vendas de carros elétricos e híbridos plug-in em Portugal têm atingido recordes quase todos os meses deste ano, mas este crescimento parece dever-se mais às empresas do que aos particulares. “Há muito mais abertura da parte das empresas para comprar elétricos ou híbridos plug-in. Da parte dos particulares ainda há uma resistência”, repara Nuno Silva. O preço e o baixo poder de compra dos portugueses são das principais razões, tal como os apoios à compra que, apesar de existirem, estão limitados em montante e número. Além disso, é mais fácil fazer uma previsão de gastos numa empresa porque “as frotas têm previsibilidade no número de deslocações, nos kms que fazem, no local onde estacionam”, repara Gonçalo Castelo Branco.
  • Mas ainda há entraves e a falta de uma rede de carregamento abrangente geograficamente é uma delas, apesar de ter crescido o dobro nos últimos anos. “Há empresas para as quais ainda não faz sentido ter carros elétricos”, diz Roberto Fonseca. Por exemplo, “se tivermos uma equipa comercial que faça Lisboa-Porto várias vezes por semana, ainda não faz sentido um carro elétrico”, acrescenta Nuno Silva. Contudo, Gonçalo Castelo Branco repara que, precisamente por haver previsibilidade nos consumos e rotinas das frotas é que é mais fácil gerir os carregamentos dos carros, mesmo com a rede atual.
  • É que reconverter as frotas das empresas é um passo essencial no processo de descarbonização porque são estes carros que mais circulam e mais emitem CO2. Diz Gonçalo Castelo Branco, os carros das empresas representam, na Europa, 20% do parque automóvel; 40% dos quilómetros percorridos e 50% das emissões.

 

Pode assistir aqui ao debate na íntegra.

 

 

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